13 de abril de 2011

"Wasting Light", do Foo Fighters, é comercial, mas autêntico

*Por Gustavo Pereira

Quando Dave Grohl prometeu que o novo álbum do Foo Fighters não teria nenhuma balada sonolenta, comecei a preparar meus ouvidos para um novo "One By One" (2002).

De fato, "Wasting Light" tem pegada elétrica, algo como uma banda de garotos grungers que se reúnem em um porão simplesmente para tocar seus instrumentos, sua música. Cada uma das 11 faixas poderia ser, sem forçar, um single. "É um Greatest Hits, mas não é", sabidamente resumiu um site estrangeiro.

Em vários momentos dá pra ter a sensação de estar ouvindo algo que o Foo Fighters fez durante os melhores anos da carreira e guardou para lançar tudo de uma vez como uma espécie de "Best Of". Bons exemplos são a intro e o refrão da primeira faixa, "Bridge Burning". Nesta, as primeiras palavras de Dave Grohl são "These are my famous last words!", gritando como um louco e dando uma prévia da histeria ainda por vir.

"Rope", o primeiro single e música mais grudenta, tem a estrutura que sempre fez o Foo Fighters vender. Riff, verso, refrão, solinho, interlúdio. Mas desta vez, os ataques de guitarra são triplos, com Pat Smear tocando como membro definitivo da banda após anos dando apoio nas turnês.

"White Limo" é o momento mais divertido do disco, com direito a muita paulada e um clipe estilo anos 80 com a participação de Lemmy Kilmister e a esposa de Dave Grohl, Jordyn Blum.

O recheio do disco é consistente. Por mais de 20 minutos, o Foo Fighters faz um powerpop marcado por linhas grudentas, como em "Back & Forth", "Miss The Misery", "Arlandria", "These Days" e "Dear Rosemary" - esta última ainda conta com a participação de Bob Mould, quarentão ex-líder da banda punk Hüsker Dü, de Minneapolis.

Faixas:
01. "Bridge Burning"
02. "Rope"
03. "Dear Rosemary"
04. "White Limo"
05. "Arlandria"
06. "These Days"
07. "Back & Forth"
08. "A Matter Of Time"
09. "Miss The Misery"
10. "I Should Have Known"
11. "Walk"

"I Should Have Known" tem segundos muito preciosos. Krist Novoselic faz, do meio ao final da música, o baixo estourar os alto-falantes. Dave Grohl só considerou chamar o amigo dos tempos de Nirvana por já sentir-se finalmente "fora da sombra" da antiga banda, segundo a NME.

Grohl encontra o equilíbrio entre o sussurro e o grito em "Walk", encerramento que deixa a impressão de que ainda tem muito som pela frente. Mais desse Foo Fighters empolgado e autêntico, só ouvindo o álbum novamente.

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Fernando disse...

Sinceramente, fora algumas excessões: "o Foo Fighters faz um powerpop marcado por linhas grudentas" resume o conteudo dito 'grosso' do novo albúm. Belo Post ;]

Lucas disse...

dazora

Moonsönheavy disse...

não tõ nem ai pra pora nenhuma então vão se fuder mesmo, não pensei em nada melhor para postar mais gostei do site, me informem sobre o lolapalooza que vem ai no Brasil. valeu, o site é do caralho.

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